Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega em Junho a Maputo para debater com o Governo de Moçambique as implicações macroeconómicas das chamadas dívidas não orçamentadas, informou nesta quinta-feira, 20, em Washington o porta-voz do Fundo.
Gerry Rice adiantou que a missão esteve prevista para se realizar em Abril passado mas teve de ser adiada na sequência da divulgação pelo Governo de Moçambique de um conjunto de avais concedidos pelo Estado a empresas públicas que excedem 1,4 mil milhões de dólares.
“A equipa técnica continuará a reunir factos e informações, realizar diligências se necessário e avaliar as implicações macroeconómicas, em colaboração com o governo de Moçambique”, disse o porta-voz do FMI.
A revelação de empréstimos com aval do Estado, contraídos entre 2013 e 2014, levou o FMI a suspender a segunda parcela de um empréstimo a Moçambique e a deslocação de uma missão a Maputo.
Em Abril, foram descobertos créditos secretos contraídos por Moçambique no valor de aproximadamente 1,4 milhões de dólares.
Em consequência, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o Reino Unido e o G-14, o grupo dos países que fornecem ajuda orçamento ao país suspenderam a sua cooperação com Maputo.
Os Estados Unidos, o principal doador de Moçambique, anunciaram estar a reavaliar a cooperação com o Governo de Maputo.