Algumas adolescentes e jovens na província moçambicana de Nampula lutam para se livrar da fístula obstétrica, uma lesão que resulta de partos complicados devido à falta de assistência medica adequada.
O programa Rapariga Biz, que se dedica à redução dos males que apoquentam as raparigas, está a acompanhar essas adolescentes e jovens.
A fistula obstétrica acontece muitas vezes em mulheres mais pobres, especialmente nas que vivem distantes das unidades sanitárias e que não se beneficiam de cuidados de saúde reprodutiva entre elas a assistência durante o parto.
Elas perdem o controlo de urina e, por este facto, são descriminadas na sociedade.
Programa Rapariga Biz
No programa Rapariga Biz, as mentoras identificam as raparigas, aconselham e as encaminham à unidade sanitária para iniciarem o tratamento da doença.
Para além disso, elas sensibilizam as comunidades a não descriminarem as mulheres com a fístula, pois é uma doença possível de prevenir e tratar.
Na província de Nampula, por exemplo, há seis unidades sanitárias que fazem intervenções a casos de fístula obstétrica e estuda-se a possibilidade da criação de um centro de tratamento da doença.
O coordenador do Programa Nacional de Fistulas Obstétricas em Moçambique, Armando Melo, diz que de 2010 ao ano passado, cerca de duas mil mulheres foram submetidas a intervenções de tratamento da fístula obstétrica.
Este ano, 40 mulheres na província de Nampula foram operadas, de um universo de 60 casos registados.
De salientar que a Organização para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e os seus parceiros estão a desenvolver acções para combater esse mal
A instituição organizou recentemente uma série de formação destinada às sobreviventes da doença na província de Nampula visando transformá-las em activistas.