Marcela Carlos, tem 21 anos de idade e é mãe de uma menina, de nove anos. É natural do Gilé, na província central da Zambézia.
Vive em Maputo. Partilha um pequeno quarto num dos bairros periféricos, com a filha e uma conterrânea, porque foi abandonada pelo homem que lhe prometera uma vida melhor.
Esta é realidade que se repete com milhares de raparigas um pouco por todo o país.
Se por um lado a pobreza e falta de conhecimento são apontados como principais causas que levam à gravidezes precoces e casamentos prematuros, há também uma questão legal que para muitos activistas sociais, serve de encorajamento para a situação.
E é este o caminho que o parlamento moçambicano decidiu seguir, com pressão de organizações da sociedade civil.
Verónica Macamo, presidente da Assembleia da República, diz que os deputados vão agora fazer a sua parte.
Os activistas esperam que isso reforce a estratégia nacional de combate aos casamentos prematuros, que parte do princípio de que combater esta fenômeno é assegurar os direitos humanos das raparigas.
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