O Presidente moçambicano disse que a justiça deve ser feita no caso da queda do avião que vitimou o primeiro Chefe de Estado do país, Samora Machel, e mais 34 pessoas a 19 de Outubro de 1986.
Ao dirigir-se aos familiares das vítimas da tragédia de Mbuzini, numa cerimónia nesta quarta-feira, 19, na Praça dos Heróis, em Maputo, Filipe Nyusi disse partilhar uma dor que se agudiza por a verdade nunca ter sido esclarecida.
"A justiça ainda deve ser feita, um direito que vos assiste como parentes dos mártires de Mbuzini e que assiste igualmente a todo o povo moçambicano", declarou, numa alusão às investigações inconclusivas da queda do Tupolev 134, em que viajava Machel e que as autoridades moçambicanas atribuem ao antigo regime do "apartheid".
Nyusi destacou na cerimónia realizada e Maputo o empenho de Machel nas lutas dos países vizinhos contra "a dominação estrangeira e regimes ditatoriais", quando Moçambique enfrentava uma situação económica difícil e dava os primeiros passos para se afastar da herança colonial.
Quanto à situação actual no país, o Presidente moçambicano considerou que "a paz por que tanto lutou Machel está ameaçada pelas acções da Renamo e que "uma paz total e definitiva" será uma vitória sem dono, "porque pertencerá a todos por igual".
Nyusi pediu à Renamo para que com o Governo coloque "os interesses do povo moçambicano acima de tudo".