O surto da febre amarela que está a fustigar Angola desde Dezembro de 2015 chegou à região diamantífera do Cuango e há relatos de dezenas de mortes num só dia.
Cidadãos da região dizem que os hospitais não têm vacinas para satisfazer a demanda e as poucas que aparecem por lá estão a ser vendidas no mercado negro ao preço de mil kwanzas.
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O testemunho é do cidadão Domingos Kamone que, em declarações à VOA, disse que a vila de Cafunfo é a mais atingida neste momento e que as autoridades sanitárias já declararam a sua incapacidade para atender a população.
Domingos Kamone denunciou que as autoridades estão igualmente a cobrar “32 mil kwanzas pela conservação de um corpo” na única morgue pública existente no Hospital Gegional do Cuango.
Versão diferente tem a administradora municipal do Cuango, Angélica Humba Chissango Macanua, que, contactada pela VOA, disse que algumas denúncias têm fins políticos.
“Nós não prestamos contas a essa pessoa, mas sim ao governador da província”, declarou Macanua.