FBI vasculha casa e escritório de advogado pessoal de Trump

Michael Cohen, advogado de Trump

Em causa pagamentos a actriz de filmes pornográficos

A polícia federal de investigação americana, FBI, realizou nesta segunda-feira, 9, uma operação nos escritórios e na casa de Michael Cohen, advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O advogado de Cohen, Stephen M. Ryan, emtiu um comunicado em que considera que a decisão de vasculhar o escritório de Cohen, "totalmente imprópria e desnecessária", foi tomada pelo procurador especial Robert Mueller, que investiga os laços entre a Rússia e a campanha eleitoral de Trump.

“Eu fui avisado por procuradores federais que a ação de Nova Iorque é, em parte, referente ao escritório do procurador especial, Robert Mueller”, reiterou Ryan.

Cohen foi advogado de Donald Trump e seu confidente durante anos e aconselha o actual presidente em negócios imobiliários e questões pessoais.

Mueller investiga se integrantes da campanha eleitoral de 2016 de Trump conspiraram com a Rússia durante a eleição presidencial norte-americana.

O Presidente americano chamou a investigação de “caça às bruxas” e negou qualquer conluio.

Questionado se vai demitir Mueller, Trump afirmou: “Bem, eu acho que é uma vergonha o que está acontecendo. Vamos ver o que acontece.”

O advogado pessoal do Presidente, Michael Cohen está no centro de uma controvérsia que envolve o pagamento à actriz de filmes pronográfios Stormy Daniels, que alegou ter feito sexo uma vez em 2006 com Trump e recebido dinheiro pouco antes da eleição de 2016 para ficar em silêncio sobre o assunto.

Uma fonte com conhecimento da investigação disse à Reuters que entre os itens procurados pelo FBI e pela Procuradoria em Manhattan estavam informações sobre as origens de um pagamento de 130 mil dólares para Stormy Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford.

Cohen disse ter pago o acordo de 130 mil dólares do seu próprio bolso através de um empréstimo pessoal.

Trump, em comentários a repórteres a bordo do Air Force One na semana passada, disse que não sabia sobre o pagamento.

O FBI e a Procuradoria também procuraram quaisquer e-mails entre a ex-directora de comunicação da Casa Branca, Hope Hicks, e Cohen sobre um relato falso e enganoso de que Trump ajudou a preparar um encontro a 9 de Junho de 2016 entre o seu filho Donald Trump Jr., o seu genro Jared Kushner e um grupo de russos que havia prometido “podres” sobre a candidata presidencial democrata Hillary Clinton, disse outra fonte com conhecimento da investigação.

“Tais e-mails não estariam cobertos por privilégio advogado-cliente”, disse a fonte, uma vez que Cohen não representa Hicks.