Duzentas e noventa famílias acusam a empresa brasileira Vale do Rio Doce de não pagar as devidas indemnizações.
Cerca de 290 famílias que ainda não foram indemnizadas pela perda dos seus terrenos agrícolas pela mineira Vale do Rio Doce, em Moçambique, bloquearam durante nos dias 23 e 24 os acessos à mina que a empresa brasileira explora em Moatize, na província de Tete.
O governo distrital de Moatize prometeu mediar um encontro entre as famílias e a empresa em Janeiro, mas os afectados ameaçam voltar a bloquear os acessos à mina ou avançar para outras formas de luta.
A história data de 2007 quando 1625 famílias em Moatize foram deslocadas da sua área de residência pela empresa mineira Vale do rio Doce que passou a explorar as minas naquele distrito.
Dessas famílias, cerca de 289 foram reassentadas no Bairro 25 de Setembro mas, além da má qualidade das casas, elas ficaram sem as suas terras e, portanto, sem a sua principal fonte de rendimento.
A empresa mineira cumpriu a lei de indemnização apenas no capítulo da habitação, mas não cobriu a parte dos meios de produção.
Frente ao silêncio da Vale em oito anos, as famílias em causa cortaram todos os acessos às minas em Moatize nos dia 23 e de lá saíram apenas no dia seguinte com a promessa de um encontro a ser mediado pelo Governo Distrital, como explica Adriano Vicente, porta-voz da Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais que há anos vem acompanhando essas famílias.
Adriano Vicente acusa a Vale de continuar a não cumprir e teme que a situação ganhe dimensões não desejadas, como a violência.
Segundo Vicente, as famílias estão a passar fome, comendo raízes e do que produz a floresta e bebendo água tirada de charcos formados com as chuvas.
Contactada pela Voz da América, a empresa Vale do Rio Doce prometeu uma reacção, mas até o fecho desta edição tal não aconteceu.
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O governo distrital de Moatize prometeu mediar um encontro entre as famílias e a empresa em Janeiro, mas os afectados ameaçam voltar a bloquear os acessos à mina ou avançar para outras formas de luta.
A história data de 2007 quando 1625 famílias em Moatize foram deslocadas da sua área de residência pela empresa mineira Vale do rio Doce que passou a explorar as minas naquele distrito.
Dessas famílias, cerca de 289 foram reassentadas no Bairro 25 de Setembro mas, além da má qualidade das casas, elas ficaram sem as suas terras e, portanto, sem a sua principal fonte de rendimento.
A empresa mineira cumpriu a lei de indemnização apenas no capítulo da habitação, mas não cobriu a parte dos meios de produção.
Frente ao silêncio da Vale em oito anos, as famílias em causa cortaram todos os acessos às minas em Moatize nos dia 23 e de lá saíram apenas no dia seguinte com a promessa de um encontro a ser mediado pelo Governo Distrital, como explica Adriano Vicente, porta-voz da Acção Académica para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais que há anos vem acompanhando essas famílias.
Adriano Vicente acusa a Vale de continuar a não cumprir e teme que a situação ganhe dimensões não desejadas, como a violência.
Segundo Vicente, as famílias estão a passar fome, comendo raízes e do que produz a floresta e bebendo água tirada de charcos formados com as chuvas.
Contactada pela Voz da América, a empresa Vale do Rio Doce prometeu uma reacção, mas até o fecho desta edição tal não aconteceu.