Familiares de Cassule e Kamulingue recebem casas da PGR

Familiares de Cassule e Kamulingue

Elisa Rodrigues, viúva de Alves Kamolingue disse não estar satisfeita porque em vida o seu marido faria muito mais.
A Procuradoria Geral da República prometeu na terça-feira passada entregar duas casas aos familiares de Isaías Cassule e Alves Kamolingue, os activistas mortos por indivíduos da segurança do Estado por tentarem organizarem uma manifestação em apoio aos ex-militares.

No passado sábado, 29, o Procurador-Geral adjunto da República Beato Manuel Paulo entregou no Zango 3 as duas residências que disse não cosntituirem qualquer acto de indeminização para com as famílias das vitimas, mas uma acção que visa minimizar as necessidades das famílias.

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Familiares de Cassule e Kamulingue recebem casas - 3:13


Na ocasião, Elisa Rodrigues, viúva de Alves Kamolingue disse não estar satisfeita porque em vida o seu marido faria muito mais.

“É uma coisa que não me deixa contente porque se fosse o dono em vida faria muito mais do que isso, por isso nós queremos exigir os corpos e queremos ver os assassinos”, disse.

Entretanto, o Procurador-Geral adjunto da República Beato Manuel Paulo acalmou os ânimos dos familiares e disse que as duas casas não fazem parte do processo judicial em curso no tribunal, mas é uma ajuda que visa minimizar as necessidades dos familiares, uma vez que em vida os dois indivíduos eram os suportes daquelas famílias.

“Enquanto se aguarda pela decisão do tribunal, uma vez que o processo relacionado com os malogrados Cassule e Kamolingue já está em juízo, o Estado quer ajudar essas famílias, razão pela qual um primeiro passo é a residência para cada uma das viúvas e posteriormente surgirão outros apoios. O estado também está preocupado com a formação das crianças e está a pensar num subsídio às duas famílias para que se minimize as dificuldades", disse Beato Manuel Paulo

Recorde-se que na semana passada, o Tribunal Provincial de Luanda anunciou que apenas dois dos inicialmente quatro indicados foram acusados pelo crime de Cassule e Kamulingue e que o julgamento deve ocorrer dentro de três meses.