Os familiares dos activistas mortos pelos serviços secretos angolanos Isaías Cassule e Alves Kamulingue, em Maio de 2012, ainda não receberam as indeminizações, como foi determinado pelo tribunal há nove meses.
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A decisão do juiz Carlos Baltazar, da 6ª secção dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda, proferida no dia 26 de Março de 2015, condenou oito réus, entre eles vários membros dos Serviços de Informação e Segurança de Estado(SINSE) e da Polícia Nacional, pela morte dos activistas cívicos, Alves Kamulingue e Isaías Cassule, quando tentavam organizar uma manifestação em Março de 2012.
Na leitura do acórdão, o juiz decidiu também a indemnização das famílias dos malogrados.
Adão Cassule, irmão de Isaías Cassule, disse à VOA que nove meses depois não receberam qualquer indeminização:
“Até agora não vimos nada e não houve qualquer indemnização”, denunciou.
Cassule afirma que os filhos do irmão Isaías estão a estudar à sua custa e que os seus familiares não moram nas casas atribuídas na altura pela Procuradoria-Geral da República porque “a mãe está com receio que venha a acontecer-nos aquilo que aconteceu com o nosso irmão”.
O tribunal também condenou a 15 anos de prisão Benilson Bruno Pimental da Silva, mais conhecido por “Tukayano”, espião infiltrado no meio dos activistas.
Até agora ele continua foragido.