O Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, em Angola, anunciou a suspensão, a partir do dia 4 de Novembro, do trabalho nocturno nos bancos de urgências em alguns hospitais em protesto contra a falta de segurança para os trabalhadores.
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A decisão foi tomada na quarta-feira, 27, em assembleia geral dos trabalhadores e serve de ante-câmara à paralisação de toda a actividade de enfermagem a partir do dia 22 de Novembro 2021.
Em declarações à VOA, o secretário-geral do sindicato, Afonso Kileba, afirma que a greve resulta da não satisfação de 14 exigências constantes do caderno reivindicativo apresentado ao Governo em Fevereiro.
Das reivindicações em causa, Kileba destaca a falta de consumíveis e de biossegurança, alimentação, o reajuste dos salários e o pagamento de horas extraordinárias.
O sindicalista acusa o Ministério da Saúde de fugir ao diálogo com os trabalhadores sobre a segurança dos mesmos que são constantemente vítimas de agressões e ameaças de morte por parte dos familiares dos doentes.
“Há quatro meses que a entidade empregadora não resolve o problema de segurança”, denuncia Kileba.
O Ministério da Saúde não se pronunciou sobre a decisão dos enfermeiros.