O fraco poder financeiro dos agricultores que exploram o perímetro irrigado das Gangelas no município da Chibia, sul da Huíla, está a retirar o verdadeiro papel para o qual foi concebido.
Your browser doesn’t support HTML5
O projecto agrícola de larga extensão concebido para a prática da agricultura intensiva tem todas as condições exigíveis para tal que vão desde terras aráveis a água e luz.
Neste momento, o perímetro entregou os 38 lotes de terras, mas a incapacidade sobretudo financeira dos exploradores preocupa a Sociedade de Desenvolvimento do Perímetro das Gangelas, segundo o engenheiro agrónomo Manuel José.
“Há uma certa relutância por parte dos populares que ocupam os lotes. Estamos a fazer um trabalho de sensibilização no sentido de se enquadrarem em forma de cooperativa ou então de reunirem condições financeiras para corresponderem aos nossos estatutos e regulamentos técnicos”, explicou José.
Apesar das dificuldades o perímetro, que reserva 60 por cento da área de produção à fruticultura e os demais 40 por cento à agricultura diversificada, tem-se também deparado com problemas de escoamento da pequena produção
“O pouco produto que já se produz aqui não consegue ser absorvido pelo mercado, o que cria um transtorno e desmotiva inclusive o próprio produtor, porque aquele produto chega a apodrecer no campo”, explica aquele responsável.
O perímetro irrigado das Gangelas prepara-se para contar com uma mini-hídrica com capacidade de produção de 1.2 megawatts de energia cujas obras de construção estão praticamente concluídas, aguardando-se apenas pelos indispensáveis ensaios.