Um estudo da consultora internacional KPMG indica que, em 2015, cinco bancos comerciais, tiveram prejuizos, em Moçambique, e curiosamente, não se inclui o extinto Nosso Banco.
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O CIP, através da investigadora Celeste Banze analisou o relatório da KPMG e diz que entre as instituições que tiveram prejuízos em 2015 figuram o Capital Bank, Banco ABC, Ecobank Moçambique, Banco Mais Moçambique e o United Bank of Africa (UBA), sublinhando, no entanto, que nenhum desses bancos está numa situação de falência.
As instituições bancárias Banco ABC, Banco Mais Moçambique e United Bank of Africa já publicaram entretanto comunicados dizendo que a sua situação é estável.
Em menos de dois meses, o Banco de Moçambique intervencionou o Moza Banco e liquidou o Nosso Banco.
Esta segunda-feira, o Fundo de Garantias de Depósitos iniciou o reembolso aos clientes do Nosso Banco, já extinto, cabendo a cada depositante apenas 20 mil meticais, o que constitui motivo de preocupação para aquela economista.
Entretanto, relativamente ao sistema bancário moçambicano, uma das questões que se levantam é como é que o supervisor Banco de Moçambique, deixou que a situação chegasse ao ponto a que chegou, causando pânico no seio da sociedade.
Alguns analistas questionam o que deverá estar por detrás da decisão de se liquidar o Nosso Banco, que em 2015 integrou o grupo de bancos que registaram um crescimento assinalável.
O sector produtivo, representado pela Confederação das Associações Económicas (CTA), na sigla em inglês, diz que este tipo de decisões afecta sobretudo o empresariado, mas ao nível do cidadão comum, o sentimento é o mesmo.
Refira-se que a administradora do Banco de Moçambique, Joana Matsombe disse, em conferência de imprensa não haver motivo para pânico, porque o sistema bancário está estável, sólido e goza de boa saúde.