As direcções do MPLA e da UNITA na província angolana de Benguela colocaram as autarquias entre os destaques da abertura do ano político 2019, com o partido no poder a garantir que serão os militantes a escolher os candidatos e a principal formação da da oposição a reiterar críticas em relação ao gradualismo.
O primeiro secretário do MPLA, Rui Falcão, disse, no último final de semana, no Lobito, onde esteve o partido do “galo negro”, que o reforço da acção governativa exige candidatos que respeitem a coisa pública.
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Na presença de Carlos Feijó, chefe do grupo de acompanhamento do Bureau Político para Benguela, Falcão explicou que o compromisso com a democracia interna colocará a massa militante na escolha dos candidatos às autarquias, previstas para o próximo ano.
“Serão os militantes que vão escolher os candidatos. Pretendemos que este seja também o ano da afirmação e de consolidação da nossa democratização», garante Falção.
Quanto ao perfil, o também governador provincial lembrou que o seu partido deve apoiar as metas do Executivo em relação à boa governação.
“Temos de apoiar iniciativas tendentes ao resgate de valores, à moralização da sociedade. É preciso que se respeite a coisa pública, a boa governação e que se cumpra com o combate à corrupção. Temos, portanto, de mostrar ao país que os melhores militantes estão em Benguela», sugere o.
Dias antes, também na cidade portuária, o deputado Alberto Ngalanela, secretário provincial da UNITA, procedia à abertura do ano político com críticas ao princípio do gradualismo.
Ngalanela convidou a sociedade civil a fiscalizar os actos do Governo, com a sua organização na dianteira
“A UNITA vai mobilizar os seus secretariados municipais para que os cidadãos controlem a situação da saúde, da educação, o funcionamento das administrações. É preciso que os agentes públicos sirvam o cidadão, essa será a nossa tarefa ao longo do ano em curso», disse Ngalanela.
As primeiras eleições autárquicas estão previstas para acontecer em 2020.