A fábrica de farinha de trigo do Lobito, reinaugurada nesta segunda-feira, 30, após 12 anos de estagnação, é confrontada com uma pauta aduaneira que facilita a importação do produto.
Um industrial avisou que se a pauta não for modificada a fábrica não terá sustentabilidade.
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O economista Carlos Rosado louva a iniciativa, já que cria quase 100 postos de trabalho e estimula a diversificação, mas alerta para os riscos da concorrência.
‘’Esta fábrica vai produzir farinha a partir do trigo, a matéria-prima que será importada mediante uma taxa de 30 por cento. Porém, terá de concorrer com gente que importa a própria farinha pagando 2%’’, disse acrescentando que a fábrica vai fazer também face à falta de moeda estrangeira para garantir a importação do trigo.
A Cerangola, unidade que investiu 250 mil dólares para proceder a troca de peças, terá de contar com incentivos.
“Temos de dar grandes benefícios fiscais a esta empresa para que se possa equilibrar caso contrário, não vai ter sustentabilidade’’, advertiu o presidente da Associação Industrial Angolana, José Severino.
O presidente do Conselho de Administração da Unidade Técnica para o Investimento Privado, Norberto Garcia, admite que a pauta aduaneira tenha de ser alterada.
‘’Esta questão do imposto aduaneiro deve ser revista para não prejudicar a produção nacional”, disse.
Ele adiantou ainda que há que se revisitar a pauta, "embora ela seja alterada de cinco em cinco anos, mas temos de perceber quando é que a importação prejudica a produção interna’’.