Dois homens sofreram ferimentos graves após terem sido atingidos por estilhaços de uma mina de guerra antipessoal, na província central de Manica, informaram as autoridades.
Tal ocorre sete anos depois de Moçambique ter sido declarado livre de minas terrestres colocadas durante a Guerra civil de 16 anos, que terminou em 1992.
Consta que as duas vítimas terão tentado usar parte do explosivo, que encontraram numa machamba, para reparar uma enxada no domingo (9).
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“A enxada não estava bem fixa no cabo” e ao procurarem um instrumento para a segurar, os dois homens, de 22 e 37 anos, “depararam-se com uma munição de uma mina de guerra antipessoal”, que accionaram desatentamente, disse Mateus Mindu, porta-voz da Polícia em Manica.
Ao explodir, explicou Daniel Samuel, a vítima de 22 anos, “a munição feriu o meu cunhado, que estava a um metro de distância, na perna e nas mãos, e eu sofri perfuração na barriga e costelas”.
A vítima de 37 anos, que se encontrava também internada no Hospital Provincial de Chimoio, teve alta hospitalar no início da tarde desta segunda-feira, 10, segundo informação médica.
Até 2015, ano em que foi declarado livre de minas, Moçambique era um dos cinco país mais ameaçados por este tipo de engenhos. Ocasionalmente, acidentes, incluindo fatais, continuam a acontecer.