A explosão de uma mina na Estrada que liga Bissora e Enchei, na Guiné-Bissau, provocou 21 mortos e 15 feridos na noite de ontem, 26.
Segundo testemunhas oculares citadas por rádios locais, o motorista do carro em que as vítimas seguiam terá tentado desviar-se de uma poça de água, passando, então, por cima de um engenho explosivo.
As mesmas fontes disseram que a viatura foi “pulverizada” quando passou sobre aquilo que se admite ser uma mina anti-tanque, provavelmente do tempo da guerra colonial, mas que ficou exposta agora devido às chuvas torrenciais que têm caído na região.
As vítimas eram quase todas de uma família que iam participar no funeral de um parente e, segundo medicos do Hospital Simão Mendes, em Bissau, algumas inspiram cuidados.
Em 2007, o Centro de Acção Anti-Minas (CAMI), responsável pelas operações de desminagem, baseado nos mapas das zonas minadas durante a Guerra de 7 de Junho 1998, anunciara que 103.409 minas anti-pessoais tinham sido desactivadas, mas alertou para a existência no interior do país de milhares de minas anti-pessoais e engenhos explosivos que remontavam à guerra da independência que decorreu entre 1963 e 1974.