A Assembleia Nacional de Angola deve votar na quarta-feira, 24, a alteração da Lei das Áreas de Conservação Ambiental para permitir a exploração de petróleo e outros recursos naturais em zonas protegidas, incluindo no projecto turístico transfronteiriço Okavango-Zambeze, implementado por Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.
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A bióloga Maria Lowa, da Agência Nacional para a Gestão do Okavango, alerta para os perigos que podem advir, afirmando que a sua agência vai “criar equipas multissectoriais por forma a que esta prospecção seja acompanhada rigorosamente e talvez vir a público reportar periodicamente e mostrar que pode-se sim conjugar o desenvolvimento económico, com a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos porque a carência social naquela região é gritante”.
Em declarações à Rádio Ecclesia, Lowa disse que é importante envolver as populações nos possíveis projectos de exloração de riquezas naturais pois “se as comunidades não se reverem nestes projectos de exploração, se não trazerem estradas, se não trazerem emprego, para nada adiantou sacrificar esta parcela”.
“Por isso temos que definir a tecnologia e a metodologia a ser usada e as áreas a serem utilizadas”, acrescentou.
Por seu lado, o especialista Miguel Xavier, igualmente membro da administração da agência, alertou para o facto de a actividade económica na região poder afectar o activo regresso da vida selvagem nos parques nacionais de Lwyengue Lwyana e de Mavinga.