Exploração de gás natural sem fundo soberano preocupa especialistas moçambicanos

Vista aérea do campo de gás natural liquefeito em Afungi, Moçambique

As primeiras exportações começaram neste mês

Especialistas moçambicanos dizem-se indignados com o facto de o país, que em breve vai começar a receber os primeiros proventos da exploração de gás natural liquefeito em Cabo Delgado, não ter ainda um fundo soberano susceptível de garantir uma gestão transparente desses recursos.

Moçambique espera fazer neste mês a sua primeira exportaçao de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa, a partir da plataforma flutuante Coral Sul, operada pela italiana Eni.

O sociólogo e analista político Moisés Mabunda diz que os moçambicanos já deviam ter uma "clareza relativamente ao fundo soberano, qual é o seu objectivo e onde é que vai ficar, mas não sabem absolutamente nada".

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Por seu turno, o também analista político Ilídio de Sousa defende ser necessário "garantir transparência e uma gestão racional tanto na colecta como no investimento de recursos do fundo soberano, tal como fizeram outros países, sobretudo a Noruega".

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Para o também analista político Hilário Chacate é preciso "aprender dos erros do passado, sobretudo a gestão do Instituto Nacional de Segurança Social(INSS)".

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O ministro moçambicano da Economia e Finanças, Max Tonela, diz que a proposta de criação de um fundo soberano com base nas receitas de recursos naturais deverá ser aprovada até ao final do presente ano.