Remodelação ministerial surpreende analistas
O recém nomeado ministro das finanças, Armando Manuel foi exonerado do cargo de director do fundo soberano de investimentos de Angola.
A exoneração de Manuel significa que pelo menos interinamente o fundo de 5.000 milhões de dólares é agora administrado por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente José Eduardo dos Santos.
Manuel foi nomeado ministro na Terça-feira e a sua nomeação criou de imediato especulação sobre a possibilidade de ele ser exonerado do fundo e este passar a ser administrado pelo filho do presidente.
O outro membro do conselho de administração é Hugo Gonçalves.
Quando o fundo foi criado em Outubro a nomeação do filho do presidente para administrador provocou algumas criticas de nepotismo não servindo, segundo se disse na altura, para dissipar a imagem de corrupção entre os governantes de Angola.
Não se sabe ainda quando é que um novo presidente do conselho de administração do fundo soberano será nomeado.
A remodelação ministerial de Terça-feira apanhou muitos analistas de surpresa por ter sido efectuada apenas seis meses após a formação de um novo elenco governativo
Analistas angolanas criticaram as recentes remodelações governamentais
efectuadas por José Eduardo dos Santos. Um dos pontos consensuais foi
a exoneração de Carlos Alberto Lopes do cargo de ministro das Finanças
que em seu lugar foi nomeado Armando Manuel até então o número 1 do
Fundo Soberano do petróleo.
Para as habituais analistas da Luanda Antena Comercial não faz muito
sentido, em seis meses apenas de actividade que já se mexam algumas pecas
do executivo.
...
Ana Paula Godinho fez notar que o ultimo governo foi nomeado em Outubro e que desde então se tem afirmado que o país está a crescer economicamente.
"Sempre ouvi dizer equipa que ganha não se mexe," disse ela.
Já a jurista Ana Paula Godinho que não acredita que alguém possa mostrar
trabalho em tao pouco tempo de mandato.
"Quem quer que seja que tenha integrado o governo ainda não teve tempo de mostrar a sua competência, em seis meses de mandato," disse.
A política Alexandra Simeão manifestou-se indignada em relação ao
afastamento de Carlos Alberto Lopes do ministério das Finanças porque
para ela é um dos mais competentes ministros do executivo angolano.
“Fiquei espantada,” disse.
“se até há dois décimos de segundos era bom o que aconteceu para deixar de ser? Ha um reconhecimento do trabalho das pessoas que não podem desaparecer assim de pé pra mão," acrescentou
A jornalista e activista social Suzana Mendes diz ter a percepção que
em Angola, "trabalhar bem" é sinónimo de exoneração”.
"Com estas mudanças, quando não são as mais acertadas, acabamos por ter interrupções de projectos levados a cabo nos ministérios pois o ministro que vem já não quer dar sequencia," disse.
A exoneração de Manuel significa que pelo menos interinamente o fundo de 5.000 milhões de dólares é agora administrado por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente José Eduardo dos Santos.
Manuel foi nomeado ministro na Terça-feira e a sua nomeação criou de imediato especulação sobre a possibilidade de ele ser exonerado do fundo e este passar a ser administrado pelo filho do presidente.
O outro membro do conselho de administração é Hugo Gonçalves.
Quando o fundo foi criado em Outubro a nomeação do filho do presidente para administrador provocou algumas criticas de nepotismo não servindo, segundo se disse na altura, para dissipar a imagem de corrupção entre os governantes de Angola.
Não se sabe ainda quando é que um novo presidente do conselho de administração do fundo soberano será nomeado.
A remodelação ministerial de Terça-feira apanhou muitos analistas de surpresa por ter sido efectuada apenas seis meses após a formação de um novo elenco governativo
Analistas angolanas criticaram as recentes remodelações governamentais
efectuadas por José Eduardo dos Santos. Um dos pontos consensuais foi
a exoneração de Carlos Alberto Lopes do cargo de ministro das Finanças
que em seu lugar foi nomeado Armando Manuel até então o número 1 do
Fundo Soberano do petróleo.
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Para as habituais analistas da Luanda Antena Comercial não faz muito
sentido, em seis meses apenas de actividade que já se mexam algumas pecas
do executivo.
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Ana Paula Godinho fez notar que o ultimo governo foi nomeado em Outubro e que desde então se tem afirmado que o país está a crescer economicamente.
"Sempre ouvi dizer equipa que ganha não se mexe," disse ela.
Já a jurista Ana Paula Godinho que não acredita que alguém possa mostrar
trabalho em tao pouco tempo de mandato.
"Quem quer que seja que tenha integrado o governo ainda não teve tempo de mostrar a sua competência, em seis meses de mandato," disse.
A política Alexandra Simeão manifestou-se indignada em relação ao
afastamento de Carlos Alberto Lopes do ministério das Finanças porque
para ela é um dos mais competentes ministros do executivo angolano.
“Fiquei espantada,” disse.
“se até há dois décimos de segundos era bom o que aconteceu para deixar de ser? Ha um reconhecimento do trabalho das pessoas que não podem desaparecer assim de pé pra mão," acrescentou
A jornalista e activista social Suzana Mendes diz ter a percepção que
em Angola, "trabalhar bem" é sinónimo de exoneração”.
"Com estas mudanças, quando não são as mais acertadas, acabamos por ter interrupções de projectos levados a cabo nos ministérios pois o ministro que vem já não quer dar sequencia," disse.