O Exército da República Democrática do Congo (RDC) matou nesta quarta-feira, 29, 18 milicianos na província de Lualaba, na mesma região do sul do país onde foram encontrados na terça-feira os corpos de dois analistas da ONU desaparecidos no início do mês.
Os combatentes abatidos pelo Exército pertencem à milícia Kamuina Nsapu, um grupo que intensificou as suas ações violentas após as tropas do Governo terem morto o líder da organização e que é suspeito de estar por trás do sequestro e assassinato dos funcionários da ONU.
A sueco-chilena Zaida Catalán e o americano Michael Sharp desapareceram juntamente com outros quatro congoleses que trabalhavam com eles numa investigação sobre a violência que castiga várias regiões da parte sul da RDC, especialmente na província de Kasai Central, que faz fronteira Lualaba.
Sharp e Catalán eram membros de um grupo de analistas criado pela ONU para vigiar as sanções impostas à RDC pelo Conselho de Segurança.
"Continuaremos com os ataques contra os milicianos do líder tradicional até que todos se rendam ao Exército. Se não eles não se renderem, acabaremos com todos", disse à Agência Efe o porta-voz das Forças Armadas da RDC, general Jean-Richard Kassongo.
Na operação, foi apreendido um grande número de armas brancas.