A Procuradoria-Geral da República formalizou a acusação contra o ex-ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, que se encontra detido desde Setembro, sob acusação de desvio de dinheiro, escreveu neste domingo, 27 de janeiro, o Jornal de Angola na sua edição online.
De acordo com a acusação a que o Jornal de Angola teve acesso, sobre Augusto Tomás pesam seis crimes, num caso que envolve o Conselho Nacional de Carregadores (CNC), um órgão tutelado pelo Ministério dos Transportes.
Os crimes são: peculato na forma continuada, violação das normas de execução do plano e orçamento na forma continuada, um de abuso de poder na forma continuada, dois crimes de participação económica em negócio, um crime de branqueamento de capitais e outro de associação criminosa.
A acusação refere, por exemplo, que o CNC terá pago fretes, por orientação de Augusto Tomás, para entidades estranhas ao Ministério dos Transportes, como é o caso do Movimento Nacional Espontâneo e o Ministério da Justiça, “numa verdadeira demonstração de que os dinheiros públicos podiam ser gastos como ele bem entendia, sem obedecer a qualquer regra ou princípio e os limites das despesas das unidades orçamentais”.
Com a formalização da acusação pela Procuradoria-Geral da República (PGR), agora resta apenas a aceitação ou confirmação do Tribunal Supremo (através da pronúncia), que deverá marcar a data do início do julgamento.
Tomás havia sido exonerado em junho de 2018.
No mesmo processo (nº 23/18) estão igualmente arrolados Isabel Cristina Gustavo Ferreira de Ceita Bragança e Rui Manuel Moita, ex-directores-gerais adjuntos para as Finanças e para a Área Técnica do Conselho Nacional de Carregadores. São igualmente arguidos Manuel António Paulo, então director-geral do CNC, e Eurico Alexandre Pereira da Silva, ex-director adjunto para a Administração e Finanças.
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