Eusébio, a lenda que desaparece

A morte do "pantera negra" teve repercussões em todo o mundo.
Nascido a 25 de Janeiro de 1942, no Bairro de Mafalala, Maputo, Moçambique, Eusébio da Silva Ferreira, chegou a Portugal aos 18 anos de idade e rapidamente se tornou o melhor jogador do país até a actualidade.

O «Pantera Negra» era conhecido pela sua velocidade, técnica e pelo seu poderoso e preciso remate de pé direito, atributos que ajudaram o seu clube de coração a ser um dos maiores da Europa nos anos de 1960 e a selecção portuguesa a conseguir a sua melhor classificação de sempre num mundial quando em 1966 conseguiu o terceiro lugar, perdendo apenas para o campeão Inglaterra.

Your browser doesn’t support HTML5

Eusébio, a lenda que desaparece - 4:06


O pantera negra jogou pelo Benfica 15 dos seus 22 anos como jogador de futebol.

Ainda hoje detém o recorde de golos dos encarnados com 638 golos em 614 jogos oficiais.

Ganhou 11 Campeonatos Nacionais, uma Taça dos Campeões Europeus e ajudou a alcançar mais três finais da Taça dos Campeões Europeus.

Eusebio foi o maior marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, 1966 e 1968. Ele mantém o recorde de melhor marcador dos campeonatos portugueses com sete títulos e foi o primeiro jogador português a ganhar a Bota de Ouro, em 1968, façanha que mais tarde repetiu em 1973.

A sua morte repercutiu em todo o mundo, com líderes políticos, desportivos e jornalistas a destacaram a suas qualidades como jogador e homem, desde o antigo Presidente de Moçambique Joaquim Chissano, seu companheiro de infância, a Pelé, Maradona, Bobby Charlton, passando por Durão Barroso, Cavaco Silva e Armando Guebuza.

Apesar de ter nascido em Moçambique, ao contrário de Coluna, outro jogador do Benfica e da selecção de Portugal, que regressou à sua terra natal depois da independência, Eusébio decidiu ficar em Portugal o que lhe provocou muitas críticas em Moçambique.

Há alguns anos, ele regressou ao bairro onde nasceu, para, segundo Duda da Associação Recreativa e Deportiva da Mafalala, refazer as pazes com a sua história.

Eusébio da Silva Ferreira morreu ontem e foi hoje a enterrar em Lisboa.