O Presidente angolano João Lourenço confirmou que o seu Governo está interessado em adquirir armamento americano como parte de um programa de reorganização das suas forças armadas.
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Ao mesmo tempo o Chefe de Estado angolano condenou a tentativa russa de anexação de quatro regiões da Ucrânia, afirmando “não entender” como um país que ajudou Angola a combater uma invasão exerna esteja agora a fazer isso na Ucrânia.
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Antes, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Llyod Austin, tinha revelado que o seu departamentoo recebeu pedidos de Angola para material militar e que isso estava agora a ser analisado pelo Departamento de Estado.
Numa entrevista à VOA, o Presidente angolano confirmou a declaração de Austin.
“Nós queremos ver os Estados Unidos da América a participar no nosso programa de reequipamento das nossas forças armadas”, disse João Lourenço, quem recordou que “até hoje” as Forças Armadas aAngolanas têm apenas “técnica soviética”.
Veja Também Revisão dos mandatos presidenciais é “um falso problema” que nunca foi levantado , diz João Lourenço“Nós entedemos que chegou o momento de darmos o salto para reamarmos as nossas forças armadas também com equipamento da NATO e olhamos para os próprios Estados Unidos como o parceiro ideal para nos ajudar a fazer essa transição”, acrescentou o presidente.
João Lourenço explicou também na sua entrevista a decisão do seu Governo de votar a favor de uma resolução da ONU condenando a anexação pela Rússia de quatro regiões da Ucrânia.
Contra a invasão da Ucrânia pela Rússia
Esse voto foi interpretado como um sinal claro de uma viragem na política externa angolana de distanciamento em relação a Moscovo.
Veja Também João Lourenço condena assaltos ao Sindicato dos Jornalistas Angolanos e dá apoio à manifestação de hoje“Um país soberano define a sua política externa e como país soberano entendemos que devíamos condenar a anexação daquelas quatro regiões do Donbass na Ucrânia”, disse o presidente angolano que recordou a longa guerra que Angola atravessou como resultado, segundo disse, de uma invasão sul-africana.
A então União Soviética tinha ajudado Angola com gande quantidade de material de guerra a repelir essa invsão, recordou o Presidente.
“Se nós lutámos contra os invasores entendemos que todos os outros povos estão no mesmo direito de o fazer”, disse.
“Não entendemos como quem nos ajudou na altura a fazer isso, hoje tenha anexado quatro regiões do paíz vizinho”, afirmou Lourenço, afirmando ainda que foi uma decisão “consiente e soberana” e que Angola “não foi forçada a fazê-lo por ninguém”.