O ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, foi absolvido pelo Senado neste sábado, 13, da acusação de incitar à insurreição no dia 6 de janeiro quando os seus apoiantes invadiram o Capitólio, e do qual resultaram cinco pessoas, entre elas um polícial.
Uma maioria de dois terços dos 100 senadores - 67 senadores - era necessária para condenar o ex-predidente, mas o resultado ficou aquém acabando a votação final em 57-43.
Sete republicanos juntaram-se aos democratas na votação para declarar Trump culpado de incitar o ataque ao Capitólio, quando o Senado procedia à ratificação dos votos do colégio eleitoral dando a vitória ao democrata Joe Biden.
Após o final do julgamento, Trump disse que foi outra fase da "maior caça às bruxas da história do nosso país".
A equipa de acusação dos democratas defendeu na quarta e quinta-feira que o antigo Presidente devia ser condenador por instigar à insurreição quando terá levado centenas de apoiantes a invadirem o Capitólio a 6 de Janeiro, quando cinco pessoas morreram, entre elas um polícia.
Ontem foi a vez dos advogados de Trump refutarem a acusação e defender que os democratas querem apenas "vingança política" e de pretenderem limitar o direito de expressão do antigo Presidente.
Enquanto os democratas defenderam na Câmara e no Senado que a condenação de Donald Trump seria um sinal muito forte para o futuro, no sentido de que nenhum Presidente promova motins ou actua contra o poder legislativo em fim de mandato, os republicanos afirmaram não ter poderes constitucionais para julgar alguém que, neste momento, é um cidadão comum.
Antes da sessão de alegações finais hoje, o líder republicano no Senado, em email enviado aos seus colegas, informou que ia votar pela absolvição por esse motivo.
Donald Trump foi o único Presidente a ser impugnado pela Câmara dos Representantes duas vezes e, tal com os dois anteriores Chefes de Estado impugnados julgados, Andrew Johnson e Bill Clinton, não foi condenado no Senado.
Richard Nixon foi impugnado pela Câmara, mas renunciou ao cargo antes de ir ao julgamento no Senado.