EUA querem sanções à Coreia do Norte depois de teste nuclear

Embaixadora americana, Samantha Power (centro), embaixador japonês Koro Bessho (esq) e embaixador sul-coreano Hahn Choong-hee (dir) no Conselho de Segurança das Nações Unidas

A Coreia do Norte conduziu o seu quinto e maior teste nuclear nesta Sexta-feira, 9, e disse que dominou a técnica para montar uma ogiva num míssil balístico, elevando a ameaça que rivais e as Nações Unidas têm sido incapazes de conter.

A explosão, realizada no 68° aniversário da criação da Coreia do Norte, provocou uma nova onda de condenações globais. Os Estados Unidos afirmaram que iriam trabalhar com parceiros para impor novas sanções e fizeram um chamado para que a China use a sua influência como principal aliado norte-coreano para pressionar Pyongyang a terminar com o seu programa nuclear.

Líder norte-coreano Kim Jong Un

Sob o comando de Kim Jong Un, de 32 anos e da terceira geração de líderes, a Coreia do Norte acelerou o desenvolvimento dos programas nuclear e de mísseis, apesar das sanções das Nações Unidas que foram intensificadas em Março e isolaram ainda mais o país empobrecido.

O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente o teste nuclear e disse que iria começar a trabalhar imediatamente em medidas adequadas para aprovar resoluções. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao grupo de 15 membros para permanecer unido e tomar medidas "urgentemente para quebrar a aceleração da escalada espiral".

Novas Sanções

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou depois de falar por telefone com a Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que eles concordaram em trabalhar com o Conselho de Segurança e outras potências para aplicar com vigor as medidas já existentes contra a Coreia do Norte e para tomar “passos adicionais significativos, incluindo novas sanções”.

O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, pediu que se redobrasse a pressão internacional sobre a Coreia do Norte e citou o papel que, segundo ele, a China deveria assumir.

“É responsabilidade da China”, disse ele à imprensa durante visita à Noruega. “A China tem e compartilha uma responsabilidade importante em relação a esse desenvolvimento e tem uma responsabilidade importante para revertê-lo.”

A China declarou que se opõe firmemente ao teste e pediu que a Coreia do Norte interrompa qualquer ação que possa piorar a situação. Os chineses afirmaram que apresentariam um protesto à embaixada da Coreia do Norte em Pequim.

Reuters