EUA querem envolvimento da Turquia na Faixa de Gaza

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Antony Blinken (esquerda) com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia Hakan Fidan

O secretário de Estado americano Antony Blinken manteve hoje conversações de alto nível na Turquia para discutir a guerra na Faixa de Gaza, na primeira etapa de uma digressão por diversos países do Médio Oriente.

Blinken avistou-se com o presidente Recep Tayip Erdogan e o ministro dos Negócios Estrangeiros Hekan Fidan com quem discutiu a participação da Turquia e outros países da região em esforços para se aliviar a crise humanitária na Faixa de Gaza e as tensões na região.

Entidades americanas disseram que Blinken deveria também discutir a participação da Turquia na reconstrução de Gaza.

O diplomata americano vai também visitar a Grécia, Jordânia, Qatar, Emirados Arabes Unidos, Arábia Saudita, Israel, a Margem Ocidebntal do Rio Jordão e o Egipto.

Blink irá discutir o aumento da ajuda humanitária a Gaza e ainda esforços para se obter a libertação de refèns capturados pelo Hamas no ataque a Israel a 7 de Outubro. Estima-se que há ainda 129 refèns na posse do Hamas

Um porta voz do departamento de Esado Americano disse em Washington que no futuro Gaza não poderá servir de plataforma de ataques terroristas contra Israel.

Os Estados Unidos, disse o porta voz, querem vêr a Faixa de Gaxa e a Margem Ocidental do Jordão reunidos sob liderança palestinana e “certamente não há nisso nenhum papel para Hamas”, disse o porta voz.

Bombardeamentos em Khan Younis

Entretanto prosseguem os combates na Faixa de Gaza e aumentam as tensões na fronteira com o Líbano com Israel e o movimento Hezbollah a trocarem atques com artilharia e drones.

Na Faixa de Gaza a agência de notícias palestianiana WAFA disse que 18 palestinianos foram mortos num ataque a uma casa a leste da cidade de Khan Younis no sul do território.

O Crescente Vermelho palestiniano noticiou intensos bombardeamentos em Khan Younis perto do hospital Al Amal.

Na Margem Ocidental do Rio Jordão um jovem de 17 anos foi morto e quatro outras pessoas feridas em confrontos com forças israelitas.

No Líbano o movimento Hezbollah diss ter atacado um posto de observação israelita com 62 rockets como parte de uma “resposta preliminar” ao assassinato do vice presidente do Hamas, Saleh al Arouri, morto num ataque israelita na terça feira.

Israel disse ter respondido com um ataque levado a cabo com um drone contra “uma célula terrorista responsavel por ataques dirigidos contra a área de Metula”.

Aviões e tropas israelitas atacaram tambem alvos do Hezbollah em três áreas diferentes do sul do Líbano.

Um outro grupo libanês, Jama’a Islamya disse ter também disparado rockets contra Kiryat Shmona no norte de Israel

O responsável de política externa da União Europeia Josep Borrell disse entretanto no Líbano ser imperativo evitar-se uma escalada do conflito no Médio Oriente afirmando que “ninguém vencerá um conflito regional”.