O Governo brasileiro reafirmou hoje a sua intenção de, juntamente com os Estados Unidos, reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global e comprometeu-se a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. A notícia foi revelada num comunicado conjunto minutos antes do segundo encontro de trabalho entre Dilma Roussef e Barack Obama, aqui em Washington. A visita é considera um ponto de viragem nas relações entre os dois países.
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Ontem, o Governo americano anunciou ter retirado todo o impedimento à importação de carne brasileira, uma medida que agradou Dilma Roussef, que hoje procurou satisfazer o Presidente Obama ao anunciar medidas para reduzir as reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global.
O Presidente americano, no entanto, pretendia um acordo mais abrangente, como o assinado recentemente com a China, visando o desmatamento zero até 2025.
Mas há outros acordos que entram e ou poderão entrar em vigor em breve, como disse à VOA o director do Instituto Brasil, do Wilson Center, aqui em Washington, Paulo Sotero.
“Acordos na área da previdência social que impede a dupla tributação, em defesa e segurança e há uma série de pequenas iniciativas que, somadas, representam o aprofundamento da cooperação bilateral entre o Brasil e Estados Unidos”, explica.
A visita da Presidente brasileira aos Estados Unidos é considerada um sinal de viragem no relacionamento entre Brasília e Washington.
Paulo Sotero, diz mesmo que se antes, no mandato de Lula da Silva, a relação com os Estados Unidos era um problema, hoje, com a crise política e económica que Dilma Roussef enfrenta é a solução do problema.
“A crise leva o Brasil a procurar uma aproximação aos Estados Unidos como sinal de que as empresas internacionais podem confiar no país, e se num passado recente esse relacionamento era considerado um problema em Brasília, hoje é parte da solução”, defendeu Sotero.
Dilma Roussef chegou aos Estados Unidos no sábado e encontrou-se com empresários.
Depois de Washington, desloca-se à Califórnia para visitar a Google e encontrar-se com mais homens de negócios, no que é considerado por Sotero uma ofensiva para reiterar que o Brasil continua a ser um bom destino para o investimentos americanos.
Esta opinião, também é partilhada, pelo director Instituto Brasil, do Wilson Center.
No início da tarde, os Presidentes dos Estados Unidos e do Brasil reiteraram numa conferência de imprensa na Casa Branca o seu engajamento na melhoria das relações entre os dois países.