O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções a 16 entidades e indivíduos pelo seu papel na arrecadação de fundos e lavagem de dinheiro para o grupo terrorista al-Shabab.
A decisão foi anunciada num comunicado divulgado segunda-feira, 11, em Washington.
O Al-Shabab, que opera na Somália, é um grupo insurgente islâmico com ligações à Al Qaeda categorizado como terrorista pelos Estados Unidos.
As pessoas e entidades alvos de sanções operam em todo o Corno de África, nos Emirados Árabes Unidos e em Chipre.
O comunicado reitera que os atingidos pela decisão terão todos os bens que possuem nos Estados Unidos congelados e os americanos serão impedidos de trabalhar com eles.
Em 2022, sanções semelhantes foram impostas pelos Estados Unidos a outros indivíduos ligados à Al-Shabab.
O grupo classificado de terrorista por Washington tem travado uma insurreição contra o Governo somali desde 2006, com o controlo de algumas regiões do país e ataques terroristas mortais na capital, Mogadíscio.
O Al-Shabab financia-se através da extorsão de empresas em Mogadíscio e da cobrança de impostos nas áreas sob o seu controlo.
Em Janeiro de 2023, o governo somali disse que tinha encerrado a infra-estrutura financeira que apoiava a Al-Shabab.
No entanto, o grupo continuou a funcionar, retirando dinheiro de empresas em áreas controladas pelo governo.
Washington diz que a Al-Shabab arrecada mais de 100 milhões de dólares por ano, a partir da sua rede financeira e através da extorsão de empresas e pessoas locais.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, alertou que a ameaça do grupo terrorista não está “limitada à Somália”.
Miller acrescentou que a al-Shabab financia outros grupos ligados à Al Qaeda, o que alavanca as suas “ambições globais de cometer actos de terrorismo e minar a boa governação”.