Os Estados Unidos anunicaram esta sexta-feira, 27, uma segunda ronda de sanções contra o grupo radical palestiniano Hamas e autoridades ligadas ao movimeto em resposta ao ataque de 7 de outubro a Israel, que matou mais de 1.400 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
O Departamento do Tesouro afirma num comunicado que as novas sanções, impostas através do seu Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros, têm como alvo as redes financeiras do Hamas, ativos adicionais na carteira de investimentos do grupo e indivíduos que facilitaram a evasão de sanções anteriores e existentes.
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As sanções abrangem membros da Guarda Revolucionária do Irão e uma organização sediada em Gaza que canalizou fundos ilícitos de Teerão para o Hamas e para a Jihad Islâmica Palestiniana.
As novas sanções seguem-se a a um primeiro grupo imposta a 18 de Outubro, que incluiu na lista agentes e facilitadores financeiros do Hamas, bem como às sanções de Maio de 2022 que abrangeram funcionários e empresas envolvidas na gestão da carteira secreta de investimentos internacionais do grupo.
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Hamas com milhões de dólares em vários países
O Departamento do Tesouro disse que o portfólio secreto do Hamas é estimado em centenas de milhões de dólares, com empresas que operam sob o disfarce de negócios legítimos no Sudão, Argélia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e noutros países.
Os seus representantes tentaram ocultar o controlo do Hamas sobre os seus bens.
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O comunicado do Governo americano acrescenta que as sanções de hoje também pretendem sublinhar o papel fundamental que o Irão desempenha no fornecimento de apoio financeiro, logístico e operacional ao Hamas.
Na declaração, o secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse que as últimas sanções demonstram o “compromisso dos EUA em desmantelar as redes de financiamento do Hamas, mobilizando as nossas autoridades de sanções antiterroristas e trabalhando com os nossos parceiros globais para negar ao Hamas a capacidade de explorar o sistema financeiro internacional”.
Veja Também Angola: Cristãos e muçulmanos pedem fim das hostilidades entre Israel e HamasNuma declaração em separado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, observou que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus parceiros para negar ao Hamas acesso ao sistema financeiro internacional “como parte do nosso esforço mais amplo para prevenir e dissuadir a sua actividade terrorista”.
O grupo ainda não reagiu.
O Hamas foi considerado pelos Estados Unidos um grupo terrorista em 1997, seguidos mais tarde pela União Europeia.