A delegação de mais alto nível dos Estados Unidos a viajar para Cuba em 35 anos começa hoje, 21, conversações com autoridades cubanas em busca de restaurar os laços diplomáticos e, eventualmente, normalizar as relações entre os dois adversários que ainda têm hostilidades do tempo da Guerra Fria.
As reuniões de dois dias serão as primeiras desde que o presidente dos EUA Barack Obama e o presidente cubano Raúl Castro anunciaram a 17 de Dezembro que tinham chegado a um acordo histórico após 18 meses de negociações secretas.
Ontem, no seu no discurso anual sobre o Estado da União, o Obama disse ao Congresso que o país deve “acabar com uma política que já passou há bastante tempo do prazo de validade" e defendeu o fim do embargo económico à ilha comunista.
As conversas vão se concentrar na imigração hoje e amanhã, 22, passarão ao tema da restauração dos laços diplomáticos.
Os dois lados também devem apresentar suas metas de longo prazo. Enquanto Cuba vai buscar o fim do embargo e pedir para ser retirada da lista dos EUA de Estados patrocinadores do terrorismo, os norte-americanos vão pressionar o país de partido único a ampliar os direitos humanos.
A delegação americana é liderada por Roberta Jacobson, secretária de Estado Adjunta para América Latina, enquanto a equipa cubana terá à frente Josefina Vidal, principal diplomata para assuntos sobre os EUA do Ministério de Relações Exteriores.