EUA condenam assassinato de observador eleitoral em Moçambique

Embaixada em Maputo pede responsabilização e processo eleitoral seguro

A Embaixada dos Estados Unidos em Moçambique condenou nesta terça-feira, 8, o assassinato ontem do observador eleitoral e membro da Sala da Paz, Anastácio Matavel, alegadamente por um grupo de polícias integrandas da Unidade de Intervenção Rápida (UIR).

"Expressamos as nossas mais profundas condolências à família, amigos e colegas de Matavele (e) instamos as autoridades competentes a conduzir uma investigação imediata e completa para levar à justiça os responsáveis por esse crime hediondo", lê-se no comunicado.

Para a representação diplomática americana em Maputo, "a justiça e credibilidade dos resultados das eleições dependem da capacidade de todos os eleitores moçambicanos, candidatos e observadores de participar em todas as fases de um processo eleitoral seguro, sem restrições e livre de hostilidades".

A sete dias eleições, a embaixada insta "que sejam feitos todos os esforços para evitar tensões e facilitar a plena participação eleitoral, a fim de promover a vibrante democracia que é uma base essencial para a paz e a prosperidade de Moçambique".

Recorde-se que hoje a Polícia da República de Moçambiue (PGR) confirmou que quatro dos cinco suspeitos do assassinato ontem de Matavel, pertencem ao grupo especial da Unidade de Intervenção Rápida (UIR).

A confirmação foi feita pelo porta-voz da corporação, Orlando Mudumane, quem indicou ainda ter sido suspenso Alfredo Macuacuá, comandante da subunidade da UIR, na província de Gaza, e Tudelo Guirrugo, das funções de comandante de companhia do Grupo de Operações Especiais (GOE), na mesma província.

A PRM criou ainda uma comissão de inquérito que deverá apresentar um relatório sobre o incidente no prazo de 15 dias.