Ministro Laurent Fabius visitou Bamako na semana passada para debater com as autoridades malianas o novo quadro do engajamento do governo francês no conflito
A França tem planos para iniciar a retirada de suas tropas do Mali no final deste mês.Contudo, como reporta o correspondente da VOA, Henry Ridgwell, o governo francês está a tentar assegurar as autoridades malianas que a sua retirada não é prematura.
No ar e em terra, as patrulhas da Legião Estrangeira Francesa, asseguram a vigilância nas montanhas remotas do norte do Mali. Uma região chamada pelas tropas de “Planeta Marte.” O escarpado Vale de Terz está a ser usado pelos islamitas como esconderijo, depois de se terem retirado das cidades e aldeias do norte do Mali.
O capitão Clement faz questão de se identificar apenas pelo primeiro nome.
“Os pastores não têm veículos e não tem havido turistas aqui há longos anos” disse o oficial francês. “Em toda esta zona tem havido apenas jihadistas, não há civis, nem mulheres, nem crianças e nem nómadas. Era realmente um santuário para os jihadistas, rematou o legionário francês.
A França deverá iniciar a retirada das suas 4 mil tropas do Mali no final deste mês. De visita a Mabako na Sexta-feira, o ministro dos negócios estrangeiros, Laurent Fabius assegurou ao seu homólogo maliano que não será entretanto uma saída imediata.
O ministro francês disse ser esta é a direcção que deverão seguir. Onde não há força militar independente. Adiantou que vai haver diferentes movimentos políticos com as suas ideias políticas e que é necessário encontrar uma via de diálogo.
A França irá nas próximas semanas, passar gradualmente as responsabilidades a força africana apoiada pelas Nações Unidas de 6300 homens, antes da chegada em Julho dos anunciados capacetes azuis da ONU. Essa força será composta em partes pelo contingente militar francês ainda no terreno.
Paul Melly é especialista da Chatham House em Londres.
“Com certeza que há sempre um risco dos jihadistas tentarem reaparecer, mas há tropas chadianas no norte do Mali e elas vão continuar a lutar contra os extremistas, e ninguém duvida, que os franceses vão manter algumas unidades no terreno, particularmente as forças especiais.”
A 60 quilómetro ao norte de Bamako, a União Europeia está a construir uma base de treinos para melhorar as capacidades do exército maliano, que os analistas consideram ser mal pago e mal equipado. Além de instrutores franceses, monitores militares vindos de vários países da Europa vão assegurar a formação das forças armadas malianas.
O ministro maliano dos negócios estrangeiros, Tieman Coulibaly diz que vai ser longo esse processo de reconstrução das forças malianas.
“Precisamos de muitas coisas” diz o ministro. “Precisamos de armas pessoais, precisamos de coletes de combate, por exemplo, de capacetes. Mas acima de tudo precisamos reconstruir uma força armada com espírito republicano.”
Quanto ao processo político, Paul Melly da Chatam House diz que a reconciliação vai ser difícil mas não impossível. Ele adiantou que o Mali está a tentar reconstruir-se o mais cedo possível. O presidente anunciou eleições para Julho, apesar de receios que indicam ser quase impraticável a sua realização em tão curto espaço de tempo.
No ar e em terra, as patrulhas da Legião Estrangeira Francesa, asseguram a vigilância nas montanhas remotas do norte do Mali. Uma região chamada pelas tropas de “Planeta Marte.” O escarpado Vale de Terz está a ser usado pelos islamitas como esconderijo, depois de se terem retirado das cidades e aldeias do norte do Mali.
O capitão Clement faz questão de se identificar apenas pelo primeiro nome.
“Os pastores não têm veículos e não tem havido turistas aqui há longos anos” disse o oficial francês. “Em toda esta zona tem havido apenas jihadistas, não há civis, nem mulheres, nem crianças e nem nómadas. Era realmente um santuário para os jihadistas, rematou o legionário francês.
A França deverá iniciar a retirada das suas 4 mil tropas do Mali no final deste mês. De visita a Mabako na Sexta-feira, o ministro dos negócios estrangeiros, Laurent Fabius assegurou ao seu homólogo maliano que não será entretanto uma saída imediata.
O ministro francês disse ser esta é a direcção que deverão seguir. Onde não há força militar independente. Adiantou que vai haver diferentes movimentos políticos com as suas ideias políticas e que é necessário encontrar uma via de diálogo.
A França irá nas próximas semanas, passar gradualmente as responsabilidades a força africana apoiada pelas Nações Unidas de 6300 homens, antes da chegada em Julho dos anunciados capacetes azuis da ONU. Essa força será composta em partes pelo contingente militar francês ainda no terreno.
Paul Melly é especialista da Chatham House em Londres.
“Com certeza que há sempre um risco dos jihadistas tentarem reaparecer, mas há tropas chadianas no norte do Mali e elas vão continuar a lutar contra os extremistas, e ninguém duvida, que os franceses vão manter algumas unidades no terreno, particularmente as forças especiais.”
A 60 quilómetro ao norte de Bamako, a União Europeia está a construir uma base de treinos para melhorar as capacidades do exército maliano, que os analistas consideram ser mal pago e mal equipado. Além de instrutores franceses, monitores militares vindos de vários países da Europa vão assegurar a formação das forças armadas malianas.
O ministro maliano dos negócios estrangeiros, Tieman Coulibaly diz que vai ser longo esse processo de reconstrução das forças malianas.
“Precisamos de muitas coisas” diz o ministro. “Precisamos de armas pessoais, precisamos de coletes de combate, por exemplo, de capacetes. Mas acima de tudo precisamos reconstruir uma força armada com espírito republicano.”
Quanto ao processo político, Paul Melly da Chatam House diz que a reconciliação vai ser difícil mas não impossível. Ele adiantou que o Mali está a tentar reconstruir-se o mais cedo possível. O presidente anunciou eleições para Julho, apesar de receios que indicam ser quase impraticável a sua realização em tão curto espaço de tempo.