Cabo-verdianos não estão satisfeitos com a qualidade da democracia e funcionamento do país, concluiu um inquérito da Afrosondagem, apresentado ontem,25.
Num universo de 1200 inqueridos, todos maiores de 18 anos, 76 por cento afirmaram que não estão satisfeitos com o funcionamento de instituições democráticas.
No estudo feito, em finais de 2017,nas ilhas de Santiago, São Vicente, Santo Antão e Fogo, a maioria prefere a democracia, mas quer políticos que escutam mais.
Numa leitura aos dados lançados, o activista Salvador Mascarenhas entende que essa desconfiança prende-se com a falta de vontade dos partidos, a classe política em trabalhar para de facto revolver as reais necessidades da população.
Para mudar o cenário, o líder do movimento cívico Sokols considera fundamental a alteração da lei de forma a permitir que cidadãos independentes e competentes concorran às eleições legislativas e outras“ para termos uma sociedade civil com mais espaços de participação e acções activas na vida do país” .
Por seu lado, o sociólogo Nardi Sousa considera fundamental o respeito pela Constituição da Republica para que haja melhor funcionamento das Instituições democráticas.
“Penso que se a Carta Magna for respeitada na plenitude, deve-se fazer promessas que sejam cumpridas, garantir justiça de qualidade, segurança, emprego e bem-estar das populações", disse.
Este académico opina que "enquanto os políticos se preocuparem mais em chegar ao poder e pensar e primeiro nos interesses pessoais e dos próximos, torna-se difícil os cidadãos darem crédito à actuação da classe política e Instituições democráticas”.
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