Teresa Soares Campos, de 26 anos, está a cursar o 6º período do curso de Biomedicina na Faculdade de Talentos Humanos (FACTHUS) em Uberaba, Minas Gerais.
Está a estudar por conta própria e conta com o dinheiro enviado pelos pais para pagar as despesas com os estudos, a moradia e a alimentação.
Ela, como muitos angolanos que estudam no estrangeiro, também enfrenta dificuldades para receber o dinheiro que os pais lhe enviam de Angola.
“É uma situação muito precária, e muito difícil mesmo, porque as divisas lá em Angola, por conta da crise, estão muito difíceis. As casas de câmbio não estão a funcionar. Elas ajudavam a fazer as transferências de dinheiro".
Campos passa por essa situação desde Outubro. Uma alternativa que tem para receber dinheiro é pedir aos colegas que lhe emprestem um cartão Visa, mas diz que os descontos são exorbitantes. “Eles mandam bastante e a gente recebe pouco”.
Sobre os estudos no Brasil, ela diz que gosta da experiência e acha o povo brasileiro muito caloroso e receptivo.
Também está bastante satisfeita com a faculdade pois é bem equipada, oferece fácil acesso ao conhecimento e oportunidades de estágio, além de aulas práticas desde o primeiro período.
“Dão muita oportunidade mesmo para você conhecer e sair com uma boa bagagem”.
Campos terminará os estudos em 2018, e após a colação de grau no início de 2019, voltará a Angola.
“Se nós tivermos um bom foco e soubermos o que nos trouxe ao Brasil, a gente leva uma boa bagagem para dar o contributo ao nosso país, que precisa muito”.
Ela quer contribuir nas áreas da ciência, pesquisa e diagnóstico de doenças.
Confira a entrevista na íntegra.
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