Com a paz alcançada em 2002 Angola não tardou flamejar os seus pontos fortes para o mundo. O país tornou-se num dos pontos políticos e económicos mais procurados do continente africano. O elevado fluxo migratório confirma os dados.
Para quem pela primeira vez pisa o solo angolano, o primeiro encanto revela-se na simplicidade de um povo rico de culturas, na sua receptividade e solidariedade, valores que superam sinais tristes de um país que viveu perto de 30 anos em guerra.
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Samuel Carapinha é empresário, vive em Angola há seis anos e falou à Voz da América sobre o seu primeiro encanto.
“O que mais me encantou foi a sua simplicidade. Nós crescemos na Europa, com os modelos que nos ensinam com os parâmetros que temos que seguir, porque os nossos pais fazem isto e aquilo e nós também temos que fazer”.
O encanto da italiana Frederica Pilia foi a solidariedade e o espírito de ajuda mútua que reina entre os angolanos.
“Cada um com o pouco que tem consegue ajudar a pessoa que tem dificuldade. Não sei se isto tem de facto a ver com a cultura ou é uma herança da situação de guerra, mas é algo que eu aqui aprecio muito”, disse.
Frederica Pilia teve também impressões negativas à sua chegada em Angola.
Confusão, desorganização, turbulência foi o que Frederica constatou em 2006, quando chegou à capital mais cara do mundo, Luanda.
O crescimento dinâmico do país mudou em pouco tempo a impressão de Frederica. A italiana casada com um angolano, diz ter registado um crescimento surpreendente a nível das infraestrturas, das instituições, de produtos e até mesmo no que respeita a compra de bens e serviços.
Para Frederica, “o crescimento e a transformação da cidade é surpreendente”.
No que toca à aquisição de produtos, a jovem estrangeira acrescenta que para além dos preços, isto é, em termos de qualidade, Angola nada deve a qualquer país do mundo.
“Além das diferenças de preços as mesmas coisas que se podem encontrar na Europa não há dificuldades de encontrar em Luanda”, aclarou.
Angola tornou-se num mercado fértil para o investimento privado seja nacional como estrangeiro. O resultado do avanço no que respeita a abertura do país para as portas do mundo são as solicitações diárias feitas à ANIP, Agência Nacional para o Investimento Privado.
O número de cidadãos expatriados que tentam a todo custo atravessar as fronteiras do país demonstram o quão apetecível é a pátria cujo solo é rico em petróleo.
Os dados relativos ao perodo entre 13 e 19 de Novembro e indicam que os Centros de Detenção de Estrangeiros Ilegais albergavam 453 cidadãos estrangeiros ilegais que aguardam “formalização das respectivas expulsões”.