Moçambique pretende que a sua companhia aérea LAM volte a voar para Europa em 2020, disse o ministro dos transportes, Carlos Mesquita.
“Há um trabalho que esta a ser feito na base dos acordos aéreos que existem com vários países”, disse Mesquita, que tutela a empresa que pensa numa parceria com a portuguesa TAP.
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Esta intenção surge após o Comité de Segurança Aérea da União Europeia ter, em Abril, decidido que todas as companhias aéreas registadas em Moçambique já podem voar no espaço aéreo europeu.
Porém, analistas dizem que apesar de ter sido liberada a autorização, o regresso da LAM ao espaço europeu constitui um desafio, tendo em conta as suas condições económicas e operacionais.
“Não basta a LAM querer voar para a Europa e outros espaços fortemente regulados, sobretudo em questões de segurança e também de questões de abertura de mercado, diz o economista João Mosca.
Para Mosca, “não vamos pensar que o espaço europeu e outros espaços são completamente liberalizados, existem regulamentos que as empresas que querem entrar nesses espaços devem cumprir (…) não sei se a LAM está em condições de satisfazer todos requisitos”.
E questiona: “Mas como vão fazer isso se a LAM é uma empresa muito deficitária, não tem aviões grandes que possam tornar rentável os voos de longo curso?”
Nas operações internas, apesar de recentes melhorias, a LAM enfrenta dificuldades, em parte, por causa da sua frota diversa.
O ministro Mesquita ressalva que “antes de querermos avançar com grandes voos, é preciso consolidar ao nível doméstico o que nós estamos a fazer e aí um dos aspectos que temos estado a verificar e a trabalhar com muita profundidade é a questão da estandardização da frota de aeronaves”.