Os Estados Unidos manifestaram nessa quarta-feira, 27, o seu "profundo pesar e sentidas condolências" às famílias das 11 pessoas mortas no Destacamento Militar de Monte Tchota, ontem, em Cabo Verde.
"Os Estados Unidos da América manifestam o seu profundo pesar e sentidas condolências às famílias daqueles que foram mortos nos ataques na ilha de Santiago", lê-se num comunicado publicado pela Embaixada dos Estados Unidos na cidade da Praia na sua página no Facebook e na qual garante que os Estados Unidos estão “juntos na solidariedade e prontos para apoiar o povo e o Governo de Cabo Verde”.
Um soldado matou oito colegas e três civis, sendo um cabo-verdiano e dois espanhóis, no local considerado de alta segurança em virtude de ser o principal centro de comunicações do país.
O Governo descartou qualquer ligação do ataque ao narcotráfico ou contra o Estado e apontou “motivações pessoais”, sem dar mais detalhes.
Neste momento, todas as forças de segurança do país participam numa verdadeira caça ao soldado, nos arredores da capital, Praia.
Ainda ontem em entrevista à VOA, antes desses incidentes, o embaixador dos Estados Unidos na Praia Donald Heflin reiterou que o seu Governo continuará a apoiar Cabo Verde, com destaque para as áreas de defesa e segurança.
O diplomata destacou o exercício militar, Epic Guardian, que se realiza ontem pela primeira vez no arquipélago.
Luto nacional
O Governo de Ulisses Correia e Silva decretou luto nacional de dois dias que entrará em vigor a partir da zero hora desta quinta-feira, 28.
“Os falecimentos ocorridos em decorrência deste fatídico massacre representam para as famílias, para o Governo e para toda a Nação cabo-verdiana perdas irreparáveis”, diz o despacho do Executivo publicado hoje e que considera que o acontecimento de ontem é um dos mais “dolorosos” da história de Cabo Verde.
Enquanto as autoridades tentam capturar o autor da chacina, começaram a ser feitas no Hospital Agostinho Neto, na Praia, as autópsias dos corpos das vítimas que, depois, serão entregues às famílias.
A Embaixada da Espanha em Cabo Verde ainda não reagiu à morte de dois espanhóis que estavam em missão no Monte Tchota.