Um cidadão iraniano e dois amercanos foram acusados nesta sexta-feira, 8, em Nova Iorque de envolvimento num plano para assassinar o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Farhad Sheakeri, de 51 anos de idade, Carlisle Rivera, de 49 anos, e Jonathon Loadholt, de 36 anos de idade, são os acusados.
Rivera e Loaddholt foram presos ontem em areas diferentes de Novas Iorque.
Num comunicado, o Departamemto de Justiça diz que o cidadão iraniano tinha recebido a tarefa de estabelecer uma rede de “associados criminosos” para levarem a cabo conspirações de assassinato contra os seus alvos, "incluindo o Presidente eleito Donald Trump”.
A nota acrescenta que Farhad Shakeri informou as autoridades “que foi encarregado, em 7 de outubro de 2024, de fornecer um plano para matar” Trump.
Shakeri supostamente disse às autoridades que não tinha planos de formular um plano para matar Trump dentro do prazo estabelecido por aquela instituição iraniana.
Desconhece-se em que circunstâncias Shakeri, que provavelmente se encontra no Irão, falou com agentes americanos.
Caso Farjad Shakeri não conseguisse criar um plano até então, continua a denúncia, um funcionário da Guarda Revolucionária Iraniana disse-lhe que o Teerão iria suspender o seu plano até depois da eleição presidencial porque o funcionário acreditava que Trump perderia e seria mais fácil assassinar-lo depois das eleições,.
O Governo do Irão prometeu no passado vingança contra Trump e outros membros da sua Administração, entre 2017 e 2021, por resposabilidade pela morte do líder da Guarda Revolucionária Iraniana Qassem Soleimani, em Bagdade, num ataque levado a cabo por um drone americano em 2020.
Foto de Qassem Soleimani
Farhad Shakeri
O Departamento de Justiça descreveu Farhad Shakeri como um ativo da Guarda Revolucionária Iraniana residente em Teerão.
Ele imigrou para os Estados Unidos ainda criança e foi deportado por volta de 2008 após passar vários anos na prisão por roubo.
Shakeri está foragido e os procuradores acreditam que esteja no Irão.
Shakeri conheceu na prisão, Carlisle Rivera e Jonathan Loadholt, que também foram acusados de o ajudar de conspirar para matar uma cidadã norte-americana de origem iraniana em Nova Iorque, descrita como uma crítica ferrenha do Governo de Teerão, que já tinha sido alvo de ataques.
Os procuradores não identificaram o alvo, mas ele corresponde à descrição de Masih Alinejad, jornalista e ativista que criticou as leis iranianas que obrigam ao uso de um véu para cobrir a cabeça..
Quatro iranianos foram acusados em 2021 de uma conspiração para sequestrá-la e, em 2022, um homem foi preso com uma arma de fogo em frente à sua sua casa.
Rivera e Loadholt estão detidos enquanto aguardam julgamento.
Os seus advogados não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
C/Reuters