Aqui nos Estados Unidos, destacados líderes do partido republicano estão a retirar o seu apoio ao candidato presidencial do partido, Donald Trump, depois da publicação, ontem, de um vídeo no qual Trump faz declarações extremamente vulgares acerca de mulheres.
As declarações foram feitas em 2005 numa entrevista,a Billy Bush, um repórter especializado em entretenimento.
Até agora, o controverso bilionário contava com o apoio hesitante de muito membros do seu partido, mas o nível de mau gosto dos seus comentários sobre mulheres no vídeo posto a circular fez com que alguns líderes republicanos se tenham distanciado imediatamente.
O presidente da Câmara dos Representantes , Paul Ryan, declarou-se “enojado” com o teor do vídeo e disse que Trump não vai estar presente no festival anual de Outono de Wisconsin, o estado de Ryan.
Trump tinha programado deslocar-se aquelas festividades onde para além de Ryan estariam presentes o governador do Wisconsin, Scott Walker e Reince Priebus, o líder do partido republicano.
Priebus, afirmou em relação à entrevista de Trump, que “ nunca nenhuma mulher devia ser descrita naqueles termos”.
Enquanto isso o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell afirmou quer os comentários de Trump eram “inaceitáveis em qualquer circunstância”, acrescentando que Trump devia “ pedir directamente desculpas a todas as mulheres e raparigas”.
O bilionário reagiu entretanto numa declaração publicada na sua conta no “Facebook”, afirmando: “Disse-o. Estava errado e peço desculpa.”
Acrescentou contudo que a publicação do vídeo não era mais dol que uma distração e deu a entender que passaria o resto da campanha eleitoral contra a sua adversária democrática, Hillary Clinton, afirmando que ela causou danos muito mais sérios às mulheres.
“Há uma grande diferença entre as palavras e as acções de outras pessoas”, disse Trump, acrescentando, “ Bill Clinton abusou efectivamente de mulheres e Hillary intimidou, atacou e envergonhou as suas vitimas”.