Como líder da Associação para a Protecção das Mulheres e Meninas, “Júlia Wachave esteve na vanguarda da prestação de assistência às mulheres deslocadas internamente nos distritos do norte de Cabo Delgado”, lê-se num comunicado da embaixada americana.
Cabo Delgado é alvo de uma insurgência movida por um grupo associado ao Estado Islâmico, desde 2017, que deslocou cerca de um milhão de pessoas e matou milhares.
No ato de entrega do prémio, o embaixador dos Estados Unidos Peter Vrooman destacou o trabalho de Júlia Wachave, afirmando que "corajosamente, ela superou sérias ameaças à sua vida (...) promovendo e protegendo os direitos humanos das centenas de milhares de mulheres e raparigas de Cabo Delgado”.
Para Vrooman, a dedicação de Júlia Wachave “ajudou a criar um futuro mais seguro e esperançoso para algumas das populações mais vulneráveis do mundo."
“Antes de mais, partilhar este prémio com a minha mãe, aqui presente. Estou a trabalhar em Cabo Delgado há mais de 14 anos, e durante estes anos temos acompanhado realidades duras”, Wachave ao aceitar a distinção.
Ela, que há mais de 20 anos é defensora dos direitos humanos, disse que “toda mulher que vem ao mundo vem para realizar os seus sonhos com os seus direitos. Então não podemos tirar o sonho de uma mulher!”
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