Os Estados Unidos da América e a União Europeia UE) saudaram o recente compromisso de Angola, da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC) em desenvolver o Corredor do Lobito que liga o sul da RDC e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, na província angolana de Benguela.
Este posicionamento de Washington e Bruxelas foi assumido no sábado, 9, margem do evento da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGII), realizado durante a Cimeira do G20, que se realizou em Nova Deli, na Índia.
Numa declaração conjunta divulgada pela Casa Branca, visando acelerar este trabalho em parceria com os três países africanos, a União Europeia e os Estados Unidos uniram-se para "apoiar o desenvolvimento do Corredor, nomeadamente através do lançamento de estudos de viabilidade para uma nova expansão da linha ferroviária greenfield entre Zâmbia e Angola", o que, diz a nota, "representa uma evolução poderosa do elemento Parceria da Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais, com uma abordagem colaborativa que poderia ser replicada noutros corredores estratégicos em todo o mundo".
A parceria EUA-UE "irá modernizar infraestruturas fundamentais em toda a África Subsariana para desbloquear o enorme potencial desta região", numa parceria que combinará recursos financeiros e conhecimentos técnicos para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas que aumentarão a competitividade regional".
Para Washington e Bruxelas, este anúncio mostra a PGI e a Global Gateway em ação, "reunindo parceiros para financiar projetos multibilionários que ajudarão a criar empregos locais, diminuir a produção de carbono e melhorar as economias locais".
No imediato, os Estados Unidos e a União Europeia vão apoiar os governos daqueles três países no lançamento de estudos de pré-viabilidade para a construção da nova linha ferroviária Zâmbia-Lobito, desde o leste de Angola até ao norte da Zâmbia.
"Isto baseia-se no apoio inicial liderado pelos EUA para remodelar o troço ferroviário do porto do Lobito, em Angola, até à República Democrática do Congo", lê- na nota que estima que quando a estrutura estiver totalmente operacional, "o corredor aumentará as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e a República Democrática do Congo, impulsionará a circulação regional de mercadorias e promoverá a mobilidade dos cidadãos".
Ao reduzir significativamente o tempo médio de transporte, a nova ferrovia reduzirá os custos logísticos e a produção de carbono da exportação de metais, bens agrícolas e outros produtos, bem como para o desenvolvimento futuro de quaisquer descobertas minerais, afirma a nota.
Os Estados Unidos e a União Europeia asseguram que pretendem explorar a cooperação e investimentos em infra-estruturas de transporte, tomar medidas para facilitar o comércio, o desenvolvimento económico e o trânsito e apoia sectores relacionados para fomentar o crescimento económico inclusivo e sustentável e o investimento de capital em Angola, na Zâmbia e na RDC a longo prazo.