Entrou em vigor nesta segunda-feira, 1, em São Tomé e Príncipe mais um período de estado de calamidade até 15 de Fevereiro, ante o aumento de casos da Covid-19.
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As autoridades do arquipélago suspeitam que a nova estirpe do coronavírus do Reino Unido já esteja no país, devido ao aumento de número de casos depois das festas do Natal e do Ano Novo, altura em que centenas de cidadãos oriundos de Inglaterra visitaram o arquipélago.
"Infelizmente estamos a notar uma subida de casos positivos da Covid-19 desde o início do mês de Janeiro e há suspeita de entrada no país da nova estirpe deste vírus que está a circular na Europa, nomeadamente no Reino Unido", disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros.
Wando Castro sublinhou que, por enquanto, é apenas uma suspeita e que o Ministério da Saúde já pediu ajuda à representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para esclarecer a situação.
Veja Também COVID-19: São Tomé e Príncipe com mais 11 infectados e Moçambique mantém índice elevado de casos diários"Não temos condições para definir ao certo se há, ou não, esta nova estirpe em São Tomé. Estamos a trabalhar com a Organização Mundial da Saúde e assim que as condições logísticas nos permitirem iremos enviar amostras para um laboratório de referência na África do Sul, a fim de determinar com certeza se existe ou não esta nova estirpe no país", acrescentou o governante.
Por seu lado, o analista e activista dos direitos humanos Óscar Baía lamenta que só agora o Governo se tenha despertado no sentido de avaliar se o aumento exponencial de casos da Covid-19 tem ligação à nova estirpe inglesa.
Veja Também Técnicos de laboratório detidos por falsificar testes da Covid-19 em São Tomé e Príncipe“Não se compreende que desde da primeira semana de Janeiro que se tem verificado esta situação e só agora o Governo esteja a tentar enviar amostras para o exterior para averiguar se se trata ou não da variante do Reino Unido, quando tivemos em Dezembro visitas de centenas de cidadãos oriundos daquele país”, afirmou disse o presidente da Associação dos Direitos Humanos.
Na ilha do Príncipe continua em vigor o estado de emergência em saúde pública até 5 de Fevereiro.
Veja Também Guerra das vacinas da COVID: União Europeia recua em confronto com Grã BretanhaPara o resto do país foi prorrogada a situação de calamidade, com o reforço de medidas preventivas, sobretudo no Aeroporto Internacional de São Tomé.
Dados do Ministério da Saúde indicam que desde do início da pandemia, o país registou 1.245 casos da infecção e 17 óbitos pelo novo coronavírus.