O Fundo Monetário Internacional (FMI) terminou nesta terça-feira, 27, a segunda avaliação da situação macroeconómica em São Tomé e Príncipe e concluiu que o desempenho do Governo do arquipélago é satisfatório, mas advertiu que deve respeitar o saldo fiscal primário interno e o nível das reservas internacionais liquidas.
Para os técnicos do FMI, esses dois critérios de desempenho macroeconómicos não foram cumpridos devido a antecipação de algumas despesas internas primárias durante o período pré-eleitoral e aos atrasos nos desembolsos do financiamento externo.
Por isso, recomendou um maior rigor no endividamento do país.
Para os economistas Adelino Castelo David e Zeferino de Ceita a posição do FMI é compreensível não obstante a necessidade de criar infraestruturas para promover o crescimento económico.
David e Ceita fazem uma análise idêntica da situação e dizem que o FMI pretende afastar São Tomé e Príncipe de dívidas que não geram riqueza.
O chefe da missão do FMI, Max Well Opoku-Afari, reconhece que São Tomé e Príncipe precisa de investimentos para construir infraestruturas mas explica que é necessário encontrar mecanismos de financiamento que não endividam ainda mais o país.