A erupção do Vulcão do Fogo, em Cabo Verde, que começou ontem, 23, pode durar um mês ou mais admitem técnicos do Instituto de Meteorologia e Geofísica, embora não possam precisar a sua evolução.
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Depois de um abrandamento da actividade ontem, a situação piorou hoje, obrigando os cerca de 200 residentes que teimavam em ficar Chã das Caldeiras a abandonar a região, no dia em que as autoridades traçam um plano de emergência e ponderam pedir ou não ajuda internacional.
A qualquer momento as lavas podem engolir a sede do Parque Natural do Fogo, inaugurado em Março passado, bem como vários investimentos públicos e privados, nomeadamente turísticos. Até agora duas casas tradicionais e uma cisterna desapareceram.
Em conversa com a VOA, a jornalista da Televisão de Cabo Verde Aidé Carvalho descreveu uma situação de explosões permanentes e praticamente sem acessos a não ser a pé. No momento da conversa, mais uma boca foi aberta pelas erupções.
O coordenador dos Serviços do Protecção Civil Arlindo Lima garante que a vida das pessoas não está em perigo, mas sim os investimentos e as muitas e boas propriedades agrícolas existentes naquela que é considerada a região mais fértil de Cabo Verde. É que, de acordo com Lima, a erupção pode durar um mês ou mais.
Os cerca de 1000 habitantes foram evacuados e instalados em estruturas do Estado,mas alguns continuam a tentar recuperar os seus bens. Ao mesmo tempo outros aproveitam-se da situação para delapidar a sede do Parque Natural e roubar nas casas abandonadas.
A ministra da Administração Interna chegou hoje ao Fogo para preparar um plano de emergência e só depois disso é que o Governo vai decidir se pede ou não ajuda internacional, segundo o primeiro-ministro José Maria Neves.