“Amor em Folhas”, o terceiro livro de poemas do escritor, cronista, dramaturgo, fotógrafo e um dos nomes mais importantes da música guineense, Ernesto Dabo , foi dado à luz na sua cidade de Bolama, onde foi apresentado neste fim-de-semana.
“Um alinhamento dos astros”, é como o escritor justifica o facto de a obra ser lançada por ocasião do aniversário da sua cidade natal e às vésperas do Dia Mundial da Poesia, que se celebra nesta segunda-feira, 21.
Convidado do programa Artes, da VOA, Ernesto Dabo diz que a obra é “um processo contínuo”, feito em dois temas, antes e durante a pandemia.
“A pandemia afastou a cultura da esfera da apresentação e da exibição para a esfera da criatividade, em que todos estivemos isolados e quisemos escrever para deixar algun legado”, explica Dabo.
Quanto à linha condutora de “Amor em Folhas”, o autor conta que procurou “trazer à forma algumas situações que vivemos em sociedade, porque o escritor é como um medium ao geral das coisas” e reforça que com o livro tentou “ver se enquanto indivíduos e sociedade melhoramos cada vez mais, procuro dar algum contributo para que isso seja uma realidade, cada um no seu tempo faça o melhor que puder para que a sociedade seja melhor”.
Natural de Bolama, onde nasceu em 1947, Ernesto Dabo é também formado em Direito e um dos membros fundadores dos conhecidos grupos «Cobiana Djazz» e os «Djorson», tendo gravado com este último o primeiro disco da história sonora de Bissau, em 1972.
Dabo é reconhecido por muitos como o fundador da moderna música guineense.
No campo da literatura, estreiou-se em 2011, com “Mar Misto” e, em 2020, lançou “Olonko.
Nesta edição de Artes, falamos com Ernesto Dabo, com o apresentador da obra, Alexandre Faria, e com a coordenadora da Editorial Novembro, Avelina Ferraz.
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