Um enviado especial da Casa Branca para assuntos de investimentos e parcerias em infraestruturas desloca-se em breve a Angola, que será seguida de viagens de outras destacadas entidades oficiais americanas a Luanda.
O anúncio foi feito pelo porta-voz do Departamento de Estado na reunião diária com jornalistas na terça-feira, 23, quando foi questionado sobre a conversa telefónica que o secretário de Estado Antony Blinken manteve na quinta-feira passada com o Presidente João Lourenço.
Ned Price não disse, no entanto, quando Amos Hochstein irá a Luanda.
A revelação foi feita um dia antes da chegada a Luanda do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, na noite desta terça-feira.
Em Dezembro, o Presidente João Lourenço participou na Cimeira EUA-África em Washington e, em entrevista à VOA, reiterou a condenação da invasão da Ucrânia pela Rússia e admitiu haver uma viragem na política externa angolano em direcção ao Ocidente.
O porta–voz do Departamento de Estado voltou a a frisar “os altos elogios” dos Estados Unidos ao papel de Angola na mediação do conflito e “desacordos” entre a República Democrática do Congo e o Ruanda.
Para Ned Price, "estamos muito entusiasmados por ser uma oportunidade de levar prosperidade económica adicional, parcerias com países em redor do mundo, onde os Estados Unidos não têm sido sempre o principal parceiro no que diz respeito a infraestruturas, a projectos de investimento”.
Aquele responsável revelou ainda que "destacados funcionários de toda a Administração vão gastar bastante tempo no continente” e deixou em aberto a possibilidade da primeira-dama, Jill Biden, e “do próprio Presidente e outros” se deslocarem a África nos próximos meses, mas não deu mais detalhes.