Entidades e autoridades tradicionais apresentam a Bornito de Sousa as dificuldades de Malanje

Bornito de Sousa em Malanje

Lista inclui conservação de restos mortais dos reis do Ndongo e Matamba a falta de luz, estradas, casas, energia, entre outros problemas

Entidades religiosas e autoridades tradicionais locais recebidas em audiências pelo vice-presidente da República, Bornito de Sousa, na quarta-feira, 4, em Malanke, apresentaram algumas das dificuldades que a província e os seus habitantes enfrentam.

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Cléricos e autoridades tradicionais reuniram-se com Bornito de Sousa- 2:02

O arcebispo da Arquidiocese de Malanje, Dom Benedito Roberto, manifestou a preocupação da construção de residências condignas para os habitantes da região e a conservação do local em que estão enterrados os restos mortais dos reis do Ndongo e Matamba.

Dom Benedito Roberto, Arcebispo de Malanje

“A carência de uma centralidade que fica difícil de compreender como as outras províncias têm e Malanje não tem”, lamentou Dom Roberto.

O bispo da Igreja Metodista Unidade Conferência Anual do Leste de Angola, José Quipungo, por seu lado, revelou que o encontro serviu apenas para abordar a situação da congregação na província e desejar felicidades à equipa do Presidente João Lourenço.

José Quipungo, bispo da Igreja Metodista

As preocupações apresentadas pelo rei do Ndongo, Cabombo, Buba Vula Dala Mana, apontaram para a recuperação da estrada que liga a região do Mukulu-Ya-Ngola, sede do reinado no município de Marimba, à restante da província.

“A primeira coisa é a estrada e a construção do monumento em Mukulu-Ya-Ngola, visitar os mesmos túmulos para ver as condições que os túmulos oferecem, também ver toda a província de Malanje”, sublinhou, destacando ainda a necessidade de mais “água, emprego para a juventude, escolas, luz, hospitais e postos médicos para a população”.

Primeira Dama Avó Ngando e rei do Cambombo

A construção de um monumento em hora dos heróis da resistência a ocupação colonial no Ndongo e Matamba foi o pedido de Lito Cunha, um dos guardiões dos túmulos dos soberanos.

“Devia se construir um monumento, porque Ngola Kiluanje merece, assim como se fez no Mbanza Congo algo digno, é isso que eu queria do local em que eu estou a tomar conta desde os tempos coloniais, desde os meus avós até neste preciso momento que eu estou no local”, precisou.

O vice-presidente Bornito de Sousa esteve em Malanje na quarta-feira, 4, para presidir o acto central por ocasião do Dia da Paz.