Encontro João Lourenço/Donald Trump está em discussão

Manuel Augusto em Washington

Os governos de Angola e dos Estados Unidos estão a trabalhar para um possível encontro entre os Presidentes João Lourenço e Donald Trump, disse à Voz da América o ministro dos negócios estrangeiros angolano Manuel Augusto.

Augusto falava após um encontro que manteve no Departamento de Estado com o Secretário de Estado Mike Pompeo.

O ministro angolano disse que nas conversações houve uma “convergência de pontos de vista sobre grande parte dos assuntos em discussão sobretudo quanto ao reforço das relações bilaterais para que a cooperação económica e comercial possa estar ao nível das relações políticas que são muito boas”.

“Naturalmente que estamos num processo de construção das nossas relações e esperamos que em breve o nível das negociações seja mais alto”, disse o chefe da diplomacia angolana.

Manuel Augusto disse não querer “antecipar” um encontro entre João Lourenço e Donald Trump “porque como se diz em bom português não queremos pôr a carroça à frente dos bois”.

“Estamos a trabalhar (nisso)”, acrescentou.

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Encontro entre Manuel Augusto e Mike Pompeo

A porta-voz do Departamento de Estado Morgan Ortagus disse que no encontro Mike Pompeo tinha “reafirmado a firmeza da parceria estratégica Estados Unidos-Angola e saudou as reformas corajosas que o Presidente João Lourenço levou a cabo desde que assumiu a presidência em 2017”.

Pompeo e Manuel Augusto tinham “discutido meios para se aumentar o comércio bilateral e investimentos e fortalecer as instituições democráticas”, acrescentou a porta-voz.

O ministro angolano falou ainda ontem numa palestra sobre “A Nova Angola” no centro de estudos “Atlantic Council” onde reafirmou a vontade do governo angolano contar com o apoio dos Estados Unidos na recuperação de fundos e bens desviados ilegalmente de Angola.

Manuel Augusto disse que esta cooperação “está a andar bem”.

Na conferência Manuel Augusto disse ser errado pensar-se que a maior parte dos fundos desviados ilicitamente tenham sido levados para Portugal.

“H'a muito mais desses fundos angolanos em Miami do que em Portugal”, disse o ministro.