A União dos Pequenos e Médios Empresários de Angola prevê que por causa da crise da Covid 19 mais de quatro mil postos de emprego dirctos vão ser afectados.
A associação empresarial considera que as altas taxas de inflação que se verificam, mais as altas taxas de juro e de câmbi,o não deixam outra saída para as pequenas e médias empresas a não ser fecharen fecharem as portas.
Vários age-tes económicos dizem que a situação pode ser muito mais grave do que se espera.
Os pequenos e médios empresários do país temem que a situação do desemprego possa aumentar se não forem tomadas algumas medidas urgentes por parte do Estado,para acudir estas organizações.
O empresário Carlos Ferreira entende que a situação pode ser mais grave, caso não surjam apoios.
"Se estas empresas não conseguirem sobreviver, poderemos ter um pós-Covid-19 trágico, vai ser uma outra pandemia, a pandemia da fome, das divisas e da economia”, afirma.
O empresário Paulo Neves diz que há falta vontade da parte das autoridades para se resolver a situação e pede correção das atuais politicas.
"Enquanto não houver vontade política de obrigar os que delapidaram o erário publico a devolverem o que roubaram, porque este dinheiro é do povo e nem é do governo, enquanto isso não for feito vai ser difícil sairmos deste sufoco em que nos encontramos”, afirma Neves.
Por seu lado, o também empresário Carlos Padre considera que o Estado deve apoiar os pequenos e médios empresários privados porque é aí que está a solução.
“O nosso Executivo tem que pôr na cabeça que o maior empregador em qualquer país ou sociedade é no setor privado, é hora inclusive do pessoal que terá de ser reduzido no setor publico, o Estado de criar condições para financiar estes funcionários para empreenderem", acrescenta.
Na leitura económica, Damião Cabulo entende que o primeiro passo deve passar pela desconstruir a ideia do empresário em Angola.
"Confunde-se empresário com politco, grande parte dos empresários em Angola são politicos logo é difícil criar-se um grupo empresarial forte e sólido por culpa disso”, diz Cabulo, acescentando que a Covid 19 “veio mostrar que em Angola não há empresários, pode-se chamar qualquer outro nome menos de empresario".