A entrada em vigor do Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) e a redução do poder de compra da população marcaram indelevelmente o ano que agora termina em São Tomé e Príncipe.
Em 2023, o país registou a maior crise financeira de sempre.
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No balanço de um ano de governação em novembro passado, o primeiro-ministro Patrice Trovoada admitiu que foi um ano extremamente difícil para os São-tomenses.
As centrais sindicais refizeram as contas dos gastos dos trabalhadores, mas os salários mantiveram-se congelados.
Veja Também STP: “Não há condições para continuar aqui” diz jovem que sonha com melhores condições na EuropaO escape foi a emigração em massa para a Europa. De acordo com dados oficiais, mais de 25 mil São-tomenses, cerca de 15 por cento da população, abandonaram o país com destino a Portugal.
A fuga massiva de quadros técnicos para o estrangeiro foi muitas vezes motivo de debate e de polémica na segunda metade do ano.
Pela primeira vez, São Tomé e Príncipe perdeu um ano inteiro a negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um novo programa de crédito alargado para investimentos devido a derrapagem financeira provocada pelo anterior governo liderado por Jorge Bom Jesus.
Veja Também STP: Trovoada "animado" com 160 milhões de dólares dos doadores, mas analista recomenda cautelaA maioria dos constrangimentos foi ultrapassada, mas segundo o governo há um ponto que dificulta as negociações com o FMI que é o financiamento para a compra de combustíveis.
O ano 2023 também deixou em São Tomé e Príncipe um rastro de criminalidade nunca visto. Crimes como furto, violência doméstica e abuso sexual de menores aumentaram.
A impunidade também ganhou força em 2023, disseram os analistas.
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